Segundo
Bleger (1998) o grupo é “um conjunto de indivíduos que interagem entre si
compartilhando certas normas numa tarefa”. Entretanto o ponto de partida é o
problema da simbiose e do sincretismo. Por isso a relação no grupo é
paradoxalmente, por ser uma não-relação, de forma que propõe uma
não-individualização, que se impõe como matriz ou estrutura básica de todo
grupo (Relação de sociabilidade sincrética). A sociabilidade por interação se
estrutura o conhecimento de psicologia grupal.
A
identidade/existência do grupo se manifesta pelo cotidiano e pela estrutura e
integração do ego individual e grupal (Grau de organização, amplitude e
integração dos conjuntos de manifestações dos indivíduos). A individualização
de um individuo ou grupo baseiam-se numa imobilização dos estratos sincréticos
ou não discriminados da personalidade ou do grupo, por isso é importante
ressaltar, que a identidade é dada pelo ego e ego sincrético (BLEGER, 1998);
Segundo
Bleger (1998) é descartado por motivos didáticos, os grupos que por clivagem,
não ocorre ou não existe. É plausível delimitar os aspectos institucionais do
grupo terapêutico que funciona fora das instituições, e em seguida, o grupo
terapêutico, deve funcionar como uma instituição. Bleger (1998), também define
o grupo, como um conjunto de pessoas que entram em interação entre si, sendo
baseado na sociabilidade com indiferenciação ou sincretismo.
O
grupo terapêutico diferencia-se apenas, por ter um terapeuta que intervém papel
especializado e predetermnado, envolvido num fundo sincrético. A concepção do
senso comum, um grupo começa atuar, quando pessoas diferentes e separadas,
obtém um espaço para interatuar. Já na concepção sartreana (nega aquilo que o
autor expõe), somente com a interação, que vai existir o grupo, e ausência
disso, nesta perspectiva é a “serialidade” (para o autor trata-se de
solidariedade, indiscriminação ou sincretismo). Por isso cada individuo é igual
a outro, ou seja, todos são iguais (BLEGER, 1998).
Por outro lado, pelo naturalismo, o fenômeno
realizado por um observador, é descrito, um fenômeno que existe independente do
observador, por isso a definição do grupo, é de conjunto de indivíduos que
interatuam com papéis. Por isso os fenômenos pela fenomenologia, com linguagem
naturalista, correspondem por um grupo que se caracteriza por não relação ou
fenômeno de não discriminação entre os indivíduos e entre o ego e os objetos. O
autor utiliza o exemplo, para expor sobre o grupo, por isso, expõe do caso, em
que a mãe e o filho, ambos estão na sala, mas fazendo coisas diferentes e
independentes, na seqüência a mãe sai da sala, e a criança, logo sai a
seguindo, ou seja, isto representa a sociabilidade sincrética (BLEGER, 1998).
Segundo
Bleger a identidade grupal é formada pela identidade proporcionada por trabalha
em comum, e que o fim é estabelecer interação e comportamentos
institucionalizados, já a outra identidade é dada pela integração e interação
entre as pessoas. Todavia outra identidade, que é particular é a identidade
grupal sincrética, que não é dada pela integração ou interação, mas pela
socialização. Segundo o autor quanto maior é o pertencimento a um grupo, maior
é a identidade grupal sincrética (oposição a identidade por integração), assim como
quanto maior foi a identidade por integração, menor será o pertencimento
sincrético ao grupo.
Os
tipos de grupos ou indivíduos que pertencem a grupos são de: 1º Tipo de
individuo dependentes ou simbióticos, a medida que utiliza o grupo como
pertencimento e equidade da identidade individual e grupal, sendo que estes
indivíduos transforma o grupo numa organização estável, em que será uma
interação superficial; 2º Tipo de
individuo é o de neuróticos ou normais, neste caso a neurose corresponde
parte da personalidade, a medida que a tendência é de sociabilidade de
interação, em que os sujeitos são ativo, “motivados” e que garantem a clivagem;
3º Tipo de individuo corresponde a indivíduos que não tiveram e não irão estabelecer relação simbiótica
(BLEGER, 1998).
Segundo
Bleger (1998) a instituição, pode ser definida, como o conjunto de normas e
atividades com valores e funções sociais. Todavia, também pode ser definida
como organização, distribuição de funções. De igual, forma o grupo é uma
instituição, mas ao mesmo tempo tende a estabilizar-se como organização, com
padrões fixos e próprios. Segundo o autor, a organização da interação leva a
anti-terapêutica, que ocorre no nível em que se organizam as interações de
maneira fixa e estável, mas que ocorre fixação e estereotipia e outro nível se
baseiam no controle sobre clivagem.
A
organização e burocratização (antiprocesso) não para deve apenas a preservação
ou compulsão da repetição das interações, mas garante a clivagem, e com isso
descobre ou bloqueia os níveis simbióticos ou sincréticos. Segundo o autor,
toda organização tem a mesma estrutura, que o problema que enfrenta, e pelo
motivo que foi criada. As organizações possuem função de manutenção e controle
da clivagem (burocratização). As organizações formam parte da nossa
personalidade. Segundo o autor, o ser humano antes de ser pessoa é um grupo, a
medida que sua personalidade é o grupo. Assim como para trabalhar em
instituição, por meio da Psicologia Institucional, a dinâmica de grupo é uma
técnica para enfrentar os problemas organizacionais. Por isso um dos problemas
das organizações, não apenas a dinâmica intragrupal, mas intergrupal (BLEGER,
1998).
REFERENCIA
BLEGER,
J. O grupo como instituição e o grupo nas instituições. In: _____. Temas de Psicologia, entrevista e grupos.
2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 101- 122.
Muito bom! Ajudou bastante!
ResponderExcluirobrigado valeu...
ResponderExcluirobrigado valeu...
ResponderExcluirObrigada
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