O processo diagnóstico é a forma resultante de
determinada organização e estruturação dos elementos de um estudo de caso,
realizado segundo certa concepção diagnóstica. O psicodiagnóstico é
classificado em Processo Psicométrico (é aquele que tem, no psicólogo, um
simples aplicador e avaliador de testes psicológicos, cuja finalidade é
auxiliar o trabalho de outros profissionais, já o instrumento psicométrico é
desenvolvido a partir da matemática e da estatística); Processo Comportamental
(é prioridade os dados de observação objetiva, com exclusão de apreciações a
respeito do mundo interno, sendo como referencia a Psicologia da Aprendizagem
ou Experimental); Processo Psicanalítico (a Psicanálise constitui-se em modelo
de trabalho para os profissionais que utilizam este processo, sendo que a
concepção predominante é de que o diagnóstico deve configurar uma espécie de
antevisão dos fenômenos que a prática psicanalítica bem-sucedida encontraria no
paciente); Processo baseado no modelo médico (transposição para o diagnóstico
médico, vindo do diagnóstico clinico da medicina, sendo que toma a vida
emocional, como é empregado com organismo); Processo compreensivo (série de
situações que inclui, o aspecto de encontrar um sentido para o conjunto das
informações disponíveis, tomar aquilo que é relevante e significativo na
personalidade, em que tem seus fatores estruturantes).
Um dos principais fatores estruturantes é a importância
dada pelo psicólogo ao esclarecimento do significado dos desajustamentos que
ocasionaram a procura pelo atendimento psicológico. No modelo compreensivo, dizemos que o
diagnóstico psicológico abrange a explicitação das funções das perturbações e
dos motivos inconscientes que as mantêm. O psicólogo tem o objetivo de elucidar
os determinantes, e se possível a origem das perturbações da personalidade, por
isso é necessário o esforço, para elucidar os componentes do mundo interno.
A estruturação do processo diagnóstico de tipo
compreensivo requer a familiarização do profissional com a Psicanálise e os
fenômenos mentais, assim como reconhecer os fenômenos inconscientes dos
conflitos, dinâmica familiar, estrutura e a organização latente da
personalidade. O psicólogo costuma prestar atenção aos fenômenos da transferência
e da contratransferência, durante o processo diagnóstico. A utilização de
entrevista livre e semi-estruturadas, e o uso de testes projetivo atestam a
ênfase do referencial psicanalítico, em que obtêm o uso modificado da técnica
de associação livre com finalidades diagnósticas. A decifração do conteúdo
inconsciente das mensagens que emergem no processo diagnóstico.
O psicólogo interessado em estruturar um diagnóstico
psicológico de tipo compreensivo realiza um levantamento exaustivo de dados e
informações. A coleta de dados abrangem os aspectos da personalidade, sendo que
a coleta esta definida no contexto do diagnóstico ( tudo que ocorre de modo
significativo na realização de determinado estudo diagnóstico, desde o inicio
do contato até o desligamento com o paciente). O tipo de diagnóstico, destaca
sobre que avaliação psicológica é uma operação que atinge o paciente em sua
totalidade. Na avaliação diagnóstica compreensiva, é realizado um balanceamento
geral das forças que compete examinar. Diante disso, o interesse é pelas
estruturas psicopatológicas e as disfunções dinâmicas, da personalidade e a
suas bases de funcionamento, organização, e estrutura. Por isso considera o
diagnóstico psicológico, como uma síntese dinâmica e estrutural da vida
psíquica. Os fatores de interação com a personalidade é a força intra-psíquica
(marcas que se expressam nos processos evolutivos); a força intra-familiar (é
via pela qual o paciente tem suas determinações, é decisivo em termos
psicopatológicos e psicopatogênicos) e a força sócio-cultural (constitui em
dados básicos, que não podem ser negligenciadas).
O tipo de processo diagnóstico pressupõe do profissional
a habilidade de discernir quais dados são significativos, para o estudo do
caso. Por isso focaliza o essencial, e
separa o incidente, assim como não mistura aspectos relevantes com
irrelevantes. Por isso, que um dos objetivos do diagnóstico da personalidade, é
levantar e descrever os focos de angustia e fantasias inconscientes que
provocam desajustamentos emocionais. É pertinente destacar, que o profissional
tem que líder com a heterogeneidade das situações mentais, sendo que os fatores
decisivos são uma sólida formação profissional aliada a sensibilidade humana e
a experiência clinica. O modelo diagnóstico de tipo compreensivo não dispensa o
uso de testes psicológicos objetivo, mas os coloca a serviço do julgamento
clinico. Para estruturação de um processo diagnóstico, se empregam técnicas e
métodos especializados de exame psicológico. No diagnóstico do tipo compreensivo,
os modelos mais usados são os que fundamentam os princípios de associação livre
de Freud.
O processo diagnóstico de tipo compreensivo é
influenciado, pela forma da relação do psicólogo com seu trabalho (formação
humanística e desenvolvimento emocional indica uma direção de escolha
profissional); a forma da relação psicólogo-paciente (observação e apreensão de
fenômenos emocionais); leque de finalidade práticas; posicionamento
epistemológico do psicólogo (o profissional se orienta, pela visão que toma a
personalidade) e o sistema de referenciais múltiplos.
Referencia
TRINCA, Walter.
Processo diagnóstico tipo compreensivo. Em: TRINCA, W. Diagnóstico
Psicológico: a prática clínica. São Paulo:
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