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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Testes Psicológico

O texto discute sobre os testes psicológicos, em que é um tipo técnica da avaliação psicológica (métodos para descrever e classificar o comportamento dos outros, com a finalidade de enquadrar numa tipologia). A avaliação não-profissional remete a habilidade de decodificar o comportamento verbal e não-verbal dentro de categorias. A avaliação profissional permite avaliar o comportamento de forma mais precisa, para tomar decisões que afetam a vida das pessoas. Tornou-se necessário um perito na área (psicólogo). Historicamente o inicio foi no século XX com Spearman e Binet, com a teoria da Psicometria, e o teste de aptidão para crianças. Redução da avaliação psicológica aos testes psicológicos acarretou em criticas contra os testes, e a contaminação contra todo tipo de avaliação. Avaliação psicológica profissional deve ser constituir num processo integrado, com técnicas para diagnosticar o problema, visando à intervenção. O processo de avaliação consiste em identificar, integrar, inferir e intervir.

Segundo Cronbach (1996) o teste é um procedimento sistemático para observar o comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas. Em outras palavras, significa que o teste consiste em inserir sujeito numa situação em que ele deve executar tarefas, previamente definidas e estabelecidas, por respostas (comportamentos). Sobre o sentido epistemológico, remete a visão diretamente da pessoa, ter uma visão monísta (materialista) ou dualista do ser humano. O psicólogo monista vai definir teste como um conjunto de tarefas ou comportamentos para prever ou representar outro conjunto de comportamentos. Já o dualista, por sua vez, irá definir o teste como um conjunto de tarefas ou comportamentos, com representação física do objeto de interesse do psicólogo.
1-  Década de Galton (1880) – Os trabalhos visavam à avaliação das aptidões humanas, por meio da medida sensorial.  Segundo o autor, as operações intelectuais poderiam ser avaliadas, por medidas sensoriais, em que toda a informação do homem chegaria pelos sentidos.
2-  Década de Cattell (1890) – Sob influencia de Galton, Cattell desenvolveu medidas das diferenças individuais. Utilizam pela primeira vez à expressão “teste mental”, dando ênfase as medidas sensoriais, porque elas permitiam maior precisão.
3-  Década de Binet (1900) - Interesses da avaliação das aptidões humanas visão a predição na área acadêmica e da saúde. Binet desenvolve criticas aos testes utilizados até então, sendo puramente sensorial ou testes de conteúdo intelectual, com habilidades especificas. Binet desenvolve com o teste com o objetivo de avaliar o nível de inteligência, com interesse em detectar o retardo mental. Em outras palavras, o teste não era sensorial, mas sim cognitivo, e cobrindo funções mais amplas (não especificas).
4-  Década de Spearman (1900) – Fundamentou a teoria da Psicometria clássica.
5-  Era dos testes de inteligência (1910-1930) - Os testes tinham influencia do teste de inteligência de Binet-Simon (1905), e o artigo de Spearman sobre o fator G (1904b), e outros testes. Em 1904, Thorndike, desenvolve Teste padronizado em aritmética. Os testes são influenciados pelo contexto da época, que se trata da seleção de soltados para 1ª Guerra Mundial.
6-  Década da análise fatorial (1930) – testes de inteligência, que contrariou a idéia de um fator geral universal do estilo Spearman, ou seja, desenvolve a análise fatorial múltipla, que atuou no desenvolvimento da escalagem psicológica.
7-  A era da sistematização: 1940-1980 – nesta época é marcada por duas tendências opostas: os trabalhos de síntese e os de crítica. Nas obras de síntese, temos Guilford tentado sistematizar os avanços em Psicometria; Gulliksen, sistematizando a teoria clássica dos testes psicológicos, e dentre outros. A APA introduziu as normas de elaboração e uso dos testes. Já os trabalhos da crítica destacam-se Stevens, que levantou o problema das escolas de medida responsável e causou polemica na área.
8-  A era da Psicometria moderna ou Teoria da Resposta ao Item (TRI), em que talvez seja inadequado, porque a teoria embora seja de Primeiro Mundo, não resolveu todos seus problemas para tornar o modelo moderno de Psicometria, e também porque não veio para substituir toda a Psicometria Clássica.
A diferença fundamental entre estes dois tipos de testes, é que os testes psicométrico se baseiam na teoria da medida, em que usava números (estatística) para descrever os fenômenos psicológicos, já os testes impressionista, podem, mas não se fundamentam nos números ou na teoria da medida. Exemplo de teste psicométrico, como o de Inteligência (QI), assim como testes de atitudes. Já os testes impressionistas ou projetivos, são como desenho de um casa ou figura humana. Os testes psicométrico são maximamente padronizados em suas tarefas e em sua interpretação, em que o aplicador deve chegar a resultados. Já os impressionistas apresentam tarefas não-estruturadas, sendo a decodificação e interpretação dependentes em grande parte do aplicador, pode gerar resultados e interpretação até contrastantes. Por isso os testes psicométrico preferem utilizar técnicas de resposta do tipo escolha forçada, não gerando ambigüidades, já os testes impressionistas requerem livres dos sujeitos, tornando a apuração mais ambígua e sujeita aos vieses de interpretação. Os testes psicométrico aparecem menos riscos do que os testes impressionistas. O psicométrista prima pela objetividade, por tarefas são padronizadas, a correção ou apuração das respostas é mecânica, já o impressionista trabalha com a subjetividade, por tarefas que são pouco ou nada estruturadas, a apuração das respostas deixam margem para interpretações subjetivas. Portanto, o Teste Psicométrico (fotógrafo, medida, padronização, pobreza, produto, objetividade) x Teste Impressionista (artista, descrição, não-padronização, riqueza, processo, subjetividade).
A resposta do sujeito a um teste pode ser verbal, ou motora, como nos testes de psicomotricidade, assim como também a resposta pode ser escrita (vantagem é que pode ser aplicado coletivamente, em grandes amostras), por outro lado, com a popularização do computador, vem tornando a prática mais utilizada. No caso do computador, é preciso distinguir o uso, que pode ser utilizado como aplicador (aplicação automatização, todavia o computador não substitui o aplicador) ou executor de testes (testagem adaptativa, em que o computador criar um teste diferente e adaptado para cada candidato). Os testes segundo o construto que medem, é uma tarefa arriscada, porque envolve diversos processos, por isso é resumido em testes de capacidade intelectual, com aptidão geral, divididos em testes de inteligência (QI), e testes de inteligência diferencial (aptidões: numéricas, abstrata, verbal, espacial, etc), testes de aptidões especificas (mecânicos, musica, etc), e testes de desempenho acadêmicos (provas educacionais) e testes de neuropsicológicos (disfunções cerebrais e neurológicas). E por outro lado, o teste de preferência individual, como os testes de personalidade, atitudes, interesses, projetivos e situacionais. Os testes servem para fornecer informações sobre os indivíduos, a partir das quais alguém deve tomar alguma decisão com respeito a estes. Os testes visão fornecer dados confiáveis, para alguma intervenção. Por isso, os testes têm finalidade de classificação (psicotécnico), promoção do autodesenvolvimento; intervenção psicoterápica (psicodiagnóstico) e psicopedagógica; avaliação de programas; pesquisa cientifica.
A classificação é colocar o individuo dentro de uma categoria. Por outro lado a palavra mais coerente seria seleção ou triagem, entretanto depende do contexto.  Por isso triagem é uma investigação rápida para localizar o sujeito numa dada categoria. Já a seleção é uma atividade de qualquer profissão. No Brasil o psicotécnico, acontece quando o individuo passa por uma bateria de testes específicos, para averiguar se satisfaz certos requisitos psicológicos. Os testes são utilizados para o problema mental de um sujeito, objetivando para o tratamento. O psicodiagnóstico visa caracterizar um detalhes o problema da pessoa, e planejar uma intervenção adequada e eficaz, a fim de remover ou contornar o problema. O objetivo  dos testes é o desejo da pessoa de fazer uso útil do autoconhecimento para melhorar seu modo de ser, por exemplo, a orientação profissional/vocacional. Já sobre avaliação de programas, que visa verificar o programa, ou seja, elevar a qualidade de vida da comunidade para um nível melhor. Os testes psicológicos, permitir verificar hipóteses, assim objetividade nas análises, por isso os testes são usados para tomar decisões, em geral, sobre a vida do sujeito

Referencia

PASQUALI, L. Testes Psicológicos: conceitos, história, tipos e usos. Em: PASQUALI, L. Técnicas de Exame Psicológico – TEP: manual. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.   Cap. 1

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