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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Correntes Epistemologicas: Piaget x Vygotsky

A postagem de hoje pretende apresentar sobre as concepções de aprendizagem, ou correntes epistemológicas, que estuda sobre a teoria ou o processo do conhecimento, dentre muitas vamos abordar sobre a corrente empirista (ambientalista), racionalista (inatista), interacionista (Piaget) e histórico social (sócio-histórica de Vygotsky).  Para maior compreensão do foco do estudo, vamos destacar alguns pontos que envolvem estas concepções de aprendizagem sobre as bases filosóficas e sua aplicação pedagógica, que constituem a relação professor e aluno, a forma de aprender, conteúdos, didáticas, avaliações, e outros. Portanto sinteticamente, vamos apontar algumas relações entre Piaget e Vygotsky. Ambos concebem a criança como um ser ativo, atento, que constantemente cria hipóteses sobre o seu ambiente. Há, no entanto, grandes diferenças na maneira de conceber o processo de desenvolvimento. Quanto ao papel dos fatores internos e externos no desenvolvimento Piaget privilegia a maturação biológica; Vygotsky, o ambiente social.


INTERACIONISTA (PIAGET)
Um dos grandes expoentes da educação e pedagogia, Jean Piaget se especializou na psicologia evolutiva e no estudo de epistemologia genética. Seus estudos derrubaram várias visões e teorias tradicionais relacionadas à aprendizagem, assim como buscaram implantar nos espaços de aprendizagem uma metodologia inovadora que busca formar cidadãos criativos e críticos.
A maior parte das pesquisas de Piaget refere-se à compreensão do pensamento da criança em determinados períodos de sua vida e ao estudo das diferenças entre crianças de diferentes idades. Piaget reuniu uma quantidade extraordinária de dados empíricos sobre o desenvolvimento de vários aspectos da cognição da criança. Essa pesquisa empírica vai desde a primeira infância até a vida adulta e foi toda realizada, por Piaget, seu colaborador Rousseau.
A teoria de Piaget se destaca de outras pelo seu caráter inovador por introduzir uma 'terceira visão' representada pela linha interacionista que constitui uma tentativa de integrar as posições dicotômicas de duas tendências teóricas que permeiam a Psicologia em geral - o materialismo mecanicista e o idealismo - ambas marcadas pelo antagonismo inconciliável de seus postulados que separam de forma estanque o físico e o psíquico.
Consiste em uma teoria de etapas, uma teoria que pressupõe que os seres humanos passam por uma série de mudanças ordenadas e previsíveis, tendo como pressupostos básicos de sua teoria o interacionismo, a ideia de construtivismo sequencial e os fatores que interferem no desenvolvimento.
Nessa teoria, a criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo o momento interage com a realidade, operando ativamente com objetos e pessoas. Essa interação com o ambiente faz com que construa estruturas mentais e adquira maneiras de fazê-las funcionar. O eixo central, portanto, é a interação organismo-meio e essa interação acontece através de dois processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao meio, funções exercidas pelo organismo ao longo da vida.
A adaptação, definida por Piaget, como o próprio desenvolvimento da inteligência, ocorre através da assimilação e acomodação. Os esquemas de assimilação vão se modificando, configurando os estágios de desenvolvimento.
A educação na visão Piagetiana, com base nesses pressupostos, deve possibilitar à criança um desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório- motor até o operatório abstrato.
A escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento.
Para construir esse conhecimento, as concepções infantis combinam-se às informações advindas do meio, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente pela criança, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas, como resultado de uma interação, na qual o sujeito é sempre um elemento ativo, que procura ativamente compreender o mundo que o cerca, e que busca resolver as interrogações que esse mundo provoca.
É aquele que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu mundo. Não é um sujeito que espera que alguém que possui um conhecimento o transmita a ele por um ato de bondade.
Em suma, para Piaget, a construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam em assimilação ou, acomodação e assimilação dessas ações e, assim, em construção de esquemas ou conhecimento. Em outras palavras, uma vez que a criança não consegue assimilar o estímulo, ela tenta fazer uma acomodação e após, uma assimilação  o equilíbrio é, então, alcançado.
As ideias de Piaget foram de grande relevância qualitativa na compreensão do desenvolvimento humano, na medida em que é evidenciada uma tentativa de integração  entre o sujeito e o mundo que o circunda.
Convém, porém, considerar que Piaget não propõe um método de ensino, mas, elabora uma teoria do conhecimento e desenvolve muitas investigações cujos resultados são utilizados por psicólogos e pedagogos.

HISTÓRICO-SOCIAL (VYGOTSKY)
Vygotsky, professor, pesquisador e contemporâneo de Piaget, e nasceu e viveu na Rússia. Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-social.
O papel da instrução um fator positivo, no qual a criança aprende conceitos socialmente adquiridos de experiências passadas e passarão a trabalhar com essas situações de forma consciente. Se uma transformação social pode alterar o funcionamento cognitivo e pode reduzir o preconceito e conflitos sociais, então esses processos psicológicos são de natureza social.
Defende a ideia de que a criança não é um adulto em miniatura, sendo assim todo sistema mental da criança age de formas diferentes. A formação docente deve ser de extrema importância para o estudo das diferentes abordagens sobre as teorias do desenvolvimento para que o processo de ensino-aprendizagem venha a responder ás necessidades do aluno/criança.
O mediador ajuda a criança a alcançar um desenvolvimento que não conseguiu atingir sozinha, ou que não consegue atingir sozinha, eles são os professores com maiores experiências na escola. O professor mediador deve orientar o aluno de modo a conduzi-lo a desenvolver o raciocínio da questão e por consequência da solução dos exercícios propostos, para que nos próximos exercícios os alunos já possam desenvolvê-lo sozinhos e se acontecer o contrário, ou seja, o professor simplesmente colocar a atividade proposta na lousa e não conduzi-la a uma excelente explicação, os alunos não vão reconhecer o processo de realização do problema e continuarão com dúvidas para resolver.

Autor: Rafael Barbosa

FONTE:
FAGUNDES, I. Piaget. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/4850104/Piaget. Acesso em: 13 de Set 2013.

SCHLMMER, E.  Projeto de Aprendizagem. Disponível em: http://pead.ucpel.tche.br/revistas/index.php/colabora/article/viewFile/17/15. Acesso em: 13 de Set 2013.

Jean Piaget. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/piaget/. Acesso em 13 de Set 2013.

Teoria Interacionista: cognitivismo de Piaget. Disponível em: http://amigadapedagogia.blogspot.com.br/2010/08/teoria-interacionista-cognitivismo-de.html. Acesso em 13 de Set. 2013.


Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Disponível em: http://pt.shvoong.com/books/1868303-vygotsky-uma-perspectiva-hist%C3%B3rico-cultural/#ixzz29nPRwHW8. Acesso em 13 de Set 2013.

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