Como medir o trabalho para fazer dele um modelo padrão?
Marx destaca que o trabalho não pode ser medido, pela sua experiência subjetiva
e incomensurável.
Antes o trabalho era físico, o que era muito difícil de
ser avaliado, seja pelo tempo, seja pela intensidade, ou seja, o esforço físico
depende de muitos fatores para ser avaliado. Agora, com avanços tecnológicos,
muito menos ainda será fácil de avaliar os processos cognitivos no trabalho,
ainda que este então somado com a carga física.
- Experiência subjetiva do trabalho
Trabalhar é um ato orientado para um objetivo de produção
incluindo os pensamentos que são indissociáveis dele.
Admitir que não existe trabalho de execução, ou seja,
ocorre uma discrepância entre o prescrito e a realidade da situação (efetivo).
Tal discrepância se encontra em todos os níveis de análise entre tarefa e
atividade.
Trabalho é preencher o espaço entre o prescrito e o
efetivo (real). Em que se define como o que o sujeito deve acrescentar ao que
foi prescrito para alcançar objetivos que lhe foi atribuído.
O real é aquilo que o sujeito sabe fazer, ou seja, a
técnica, o conhecimento colocado em resistência.
Trabalhar supõe passar por caminhos que afastam das
prescrições.
As prescrições têm caráter normativo, trabalho bem é
sempre cometer inflações.
Inflação à
acontece um incidente, pela sua boa vontade, ele não vai respeitar os
regulamentos e prescrições ou conjunto de procedimentos. Porque acontece
inflações? Para que haja um bom funcionamento da empresa, por exemplo, acontece
um incidente, o funcionário pára e avisa o engenheiro, esperando a solução,
gera prejuízo, já em outro caso, o funcionário inflige o regulamento e dá continuidade
ao trabalho.
- Descrição subjetiva do trabalho
- Trabalhar é sofrer
RESUMO: O constrangimento da clandestinidade associado a
artimanha e ao zelo; os desafios na estratégia de poder; o déficit semiótico e
a dominação simbólica; conhecimento do trabalho pelo corpo; estratégias de
defesa contra sofrimento.
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