O texto trata do câncer, como um desafio
tanto para a psicologia quanto para a saúde pública, destacando suas interfaces
e consequências para o doente e sua família. Discute a relação entre o câncer e
a condição social: ao contrário do que se presume tal doença não é totalmente
imparcial, pois é verificada sua maior incidência em populações que estão mais
próximas da linha da pobreza, são estas as mais vulneráveis, pois, são as que
menos se previnem e as que obtêm o diagnóstico mais tardiamente, e é justamente
o câncer que pode ser evitado (de pele, pulmão) o mais frequente. Sobre esse
ponto, o texto critica que os sistemas e programas de tratamento oncológico são
considerados ineficientes, no entanto, o problema não está na eficiência ou na
falta dela e sim na má distribuição dos recursos, assim, boa parte dos
pacientes deixam de ser atendidos adequadamente. Há ainda, a questão da
insuficiência de profissionais nas redes públicas; e o fato de que estudos e
pesquisas relacionadas à oncologia estão voltados para a população acima de 60
anos e, no entanto, há um número expressivo de pacientes considerados jovens, e
faz-se necessário levar em consideração que a doença afeta jovens adultos e pessoas
“mais velhas”, isto é, acima dos 60 anos, de maneira diferente. Tendo em vista
esses aspectos, o objetivo do texto foi apresentar os pontos considerados
importantes em torno do câncer no âmbito da saúde pública, para que haja
compreensão do que é ser doente oncológico no Brasil e qual o papel da
psicologia nesse contexto.
Um dos argumentos empregados foi de que o câncer traz significativos abalos sociais e emocionais, não só para o doente, mas para todos que estão inseridos em seu ambiente familiar, causando em um primeiro momento pessimismo, estremecimento da fé e da esperança na vida, é nesse contexto que psicologia irá atuar. Cabe à psicologia proporcionar um incremento ao sistema imunológico por meio de amparo e reforço psicológico. Também foi argumentado que o campo que relaciona psicologia, psiquiatria, medicina e oncologia constituem um ramo específico denominado Psico–oncologia, responsável pela reestruturação do eu no paciente, é uma área recente que necessita de investimentos, principalmente na formação e especialização de profissionais, que precisam ser bem preparados, à medida que o câncer é uma das doenças mais impactantes, pois está mais relacionada do que qualquer outra ao sentimento de perda, vulnerabilidade, impotência e, principalmente, medo da morte. Para entender melhor estas questões, os impactos psicológicos do câncer são divididos em três fases: a primeira fase é a aguda, que vai da percepção de que há algo errado até a obtenção do diagnóstico, é caracterizada pelo choque, onde apesar dos intensos sentimentos de revolta, raiva, culpa e inconformismo deve haver uma adaptação à nova realidade; a segunda fase é a do tratamento, onde começam a surgir mudanças de fato: na questão econômica, na aparência do doente e nas relações que este estabelecia e na maioria das vezes deixa de estabelecer; e a terceira fase é a terminal, pode ser de morte ou cura. No caso de morte, o papel da psicologia é proporcionar o bem-estar psicológico e a consolação aos envolvidos durante o processo, e no caso de cura, sua função é ajudar o indivíduo a se recolocar na sociedade. Considerando esses aspectos, o texto conclui que o câncer é uma das doenças mais devastadoras em múltiplos sentidos, no entanto, é possível descobrir um lado “positivo” na doença, pois muitos indivíduos ao se depararem com a ameaça real de morte encontram uma nova maneira de conduzir sua existência, dando mais valor à vida.
Um dos argumentos empregados foi de que o câncer traz significativos abalos sociais e emocionais, não só para o doente, mas para todos que estão inseridos em seu ambiente familiar, causando em um primeiro momento pessimismo, estremecimento da fé e da esperança na vida, é nesse contexto que psicologia irá atuar. Cabe à psicologia proporcionar um incremento ao sistema imunológico por meio de amparo e reforço psicológico. Também foi argumentado que o campo que relaciona psicologia, psiquiatria, medicina e oncologia constituem um ramo específico denominado Psico–oncologia, responsável pela reestruturação do eu no paciente, é uma área recente que necessita de investimentos, principalmente na formação e especialização de profissionais, que precisam ser bem preparados, à medida que o câncer é uma das doenças mais impactantes, pois está mais relacionada do que qualquer outra ao sentimento de perda, vulnerabilidade, impotência e, principalmente, medo da morte. Para entender melhor estas questões, os impactos psicológicos do câncer são divididos em três fases: a primeira fase é a aguda, que vai da percepção de que há algo errado até a obtenção do diagnóstico, é caracterizada pelo choque, onde apesar dos intensos sentimentos de revolta, raiva, culpa e inconformismo deve haver uma adaptação à nova realidade; a segunda fase é a do tratamento, onde começam a surgir mudanças de fato: na questão econômica, na aparência do doente e nas relações que este estabelecia e na maioria das vezes deixa de estabelecer; e a terceira fase é a terminal, pode ser de morte ou cura. No caso de morte, o papel da psicologia é proporcionar o bem-estar psicológico e a consolação aos envolvidos durante o processo, e no caso de cura, sua função é ajudar o indivíduo a se recolocar na sociedade. Considerando esses aspectos, o texto conclui que o câncer é uma das doenças mais devastadoras em múltiplos sentidos, no entanto, é possível descobrir um lado “positivo” na doença, pois muitos indivíduos ao se depararem com a ameaça real de morte encontram uma nova maneira de conduzir sua existência, dando mais valor à vida.
Palavras–Chave: psicologia; câncer; família; saúde
pública.
SILVA, L. C. da, A atenção ao doente de câncer: considerações acerca da saúde pública e da psicologia. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA E IX SEMANA DE PSICOLOGIA, 3., 2007, Maringá. Anais... Maringá: Eduem, 2007. p. 1-11.
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