Trata-se de um estudo sobre o câncer
de mama e identidade feminina, o qual aponta que o diagnóstico de câncer ou
neoplasia maligna tem um efeito devastador. Sobre o câncer de mama, o texto
apresenta historicamente a interpretação, o significado e a identidade
feminina. Com base no exposto o câncer é uma ameaça que pode abalar a identidade
feminina, ou seja, o sentimento que fundamenta a existência da mulher. Ressalta-se
a importância do estudo porque a incidência do câncer vem aumentando, sendo que
após os 35 anos, a ocorrência é rápida e progressiva. Tendo em vista esses
aspectos, o objetivo do estudo foi levantar pontos de reflexão que se relacionam aos significados culturais
e do seio enquanto ícone da identidade feminina. Discute também que a relação
entre a mulher com o
câncer e seu tratamento é emblemática. No câncer de mama, o principal fator que
dificulta o tratamento é a doença diagnosticada em estágio avançado. A escolha
do tratamento é embasada na idade, estágio da doença, características do tumor,
situação da menopausa e níveis de receptores de hormônios femininos. O tratamento
primário do câncer é a mastectomia, que trata da intervenção cirúrgica restrita
ao tumor até a retirada da mama, já os tratamentos complementares abordam a radioterapia, quimioterapia e
hormonoterapia. O texto aborda historicamente sobre o câncer de mama, que no século IV a.C, era considerado o mal que
acaba com as energias, desde a menstruação a morte.
No século XIX, e as primeiras décadas do XX, o câncer era retratado como contagioso e associado à falta de higiene física e moral, por causa do ideal higienista, neste momento a neoplasia é tratada como um castigo, para redenção do doente. Nos anos 30 e 40 a argumentação era de cunho moral, sendo que somente após os anos 50, foi iniciada uma busca em proporcionar boa qualidade de vida e importância das repercussões psicossomáticas. Inicia-se nos anos 60 e 70, uma alteração dos estudos, voltado para os fatores psicológicos, assim como traçar o perfil da possível candidata ao câncer, por meio da sua personalidade. Atualmente, o papel do doente é ativo para obtenção da cura, assim como a busca por aspectos da qualidade de vida dos pacientes. Um dos argumentos empregados foi sobre as investigações e os estudos concernentes ao câncer de mama, sendo que as primeiras investigações foram de fatores que influenciam na aceitação e adaptabilidade da mulher com câncer de mama. Antes os estudos estavam voltados para relação entre tratamento e sobrevivência do câncer, hoje a relação é entre fatores psicossociais, incidência, evolução, tratamento e remissão da doença. Outro argumento exposto, é que além de interferir na identidade feminina, a neoplasia interfere na sexualidade e amamentação, sendo representada pela retirada do seio, que deixa de ter o papel de sedução feminina e nutrição física do filho. Na teoria da psicanalítica o seio é o objeto pelo qual a mãe estabelece contato com seu filho e lhe proporciona alimento, prazer e acolhimento. Os efeitos do tratamento também são prejudiciais na vida sexual, pois diminui a excitação, inibe o orgasmo e torna o ato sexual doloroso. Considerando esses aspectos, o texto conclui que o câncer de mama, assim como o diagnóstico e o tratamento, tiveram sua função e significados alterados durante a história, indo de castigos á fatores psicológicos. O texto conclui também, que o câncer influencia na identidade feminina, tanto no âmbito sexual, como familiar.
No século XIX, e as primeiras décadas do XX, o câncer era retratado como contagioso e associado à falta de higiene física e moral, por causa do ideal higienista, neste momento a neoplasia é tratada como um castigo, para redenção do doente. Nos anos 30 e 40 a argumentação era de cunho moral, sendo que somente após os anos 50, foi iniciada uma busca em proporcionar boa qualidade de vida e importância das repercussões psicossomáticas. Inicia-se nos anos 60 e 70, uma alteração dos estudos, voltado para os fatores psicológicos, assim como traçar o perfil da possível candidata ao câncer, por meio da sua personalidade. Atualmente, o papel do doente é ativo para obtenção da cura, assim como a busca por aspectos da qualidade de vida dos pacientes. Um dos argumentos empregados foi sobre as investigações e os estudos concernentes ao câncer de mama, sendo que as primeiras investigações foram de fatores que influenciam na aceitação e adaptabilidade da mulher com câncer de mama. Antes os estudos estavam voltados para relação entre tratamento e sobrevivência do câncer, hoje a relação é entre fatores psicossociais, incidência, evolução, tratamento e remissão da doença. Outro argumento exposto, é que além de interferir na identidade feminina, a neoplasia interfere na sexualidade e amamentação, sendo representada pela retirada do seio, que deixa de ter o papel de sedução feminina e nutrição física do filho. Na teoria da psicanalítica o seio é o objeto pelo qual a mãe estabelece contato com seu filho e lhe proporciona alimento, prazer e acolhimento. Os efeitos do tratamento também são prejudiciais na vida sexual, pois diminui a excitação, inibe o orgasmo e torna o ato sexual doloroso. Considerando esses aspectos, o texto conclui que o câncer de mama, assim como o diagnóstico e o tratamento, tiveram sua função e significados alterados durante a história, indo de castigos á fatores psicológicos. O texto conclui também, que o câncer influencia na identidade feminina, tanto no âmbito sexual, como familiar.
Palavras-chave: Câncer de mama; Identidade feminina;
Vida sexual; Tratamento.
Fonte:
SILVA, L. C. da. Câncer de mama e sofrimento psicológico: aspectos relacionados ao feminino.Psicologia em Estudo, Maringá, v.13, n.2, p. 231-237, 2008.
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