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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Notas de alguns mecanismos esquizoides - Klein


       1.      Introdução:
Neste texto o objetivo da Melanie Klein (1946/1991) é de tratar sobre a importância dos mecanismos e ansiedades arcaicos de natureza paranóide e esquizoide. Em outras palavras o objetivo do texto é formular algumas hipóteses (estágios muito iniciais do desenvolvimento) sobre ansiedades e mecanismos mais arcaicos. Para tanto, a Melanie Klein (1946/1991) organiza o trabalho em nove partes. Inicialmente ele algumas observações sobre artigos recentes de Fairbairn, na sequência discute sobre alguns problemas do ego arcaico. Na terceira parte discute processos de cisão em relação ao objeto, na sequencia aborda sobre a cisão em conexão com a projeção e a introjeção. Na quinta parte analisa sobre as relações de objeto esquizoides, e em seguida sobre a posição depressiva em relação à posição esquizo-paranóide. Na sétima parte pontua sobre a conexão entre fenômenos esquizoides e maníaco-depressivos, e em seguida sobre algumas defesas esquizoides, e finalmente destaca sobre ansiedade latente em pacientes esquizoides.


2.      Desenvolvimento:
Inicialmente a Melanie Klein (1946/1991) apresenta que é na primeira infância, que as ansiedades (psicoses) forçam o ego a desenvolver mecanismos de defesa. A Melanie Klein (1946/1991) destaca que é nesse período se encontra pontos de fixação dos distúrbios psicóticos. Assim como as ansiedades, mecanismos e defesas do ego influenciam o desenvolvimento. A relação com objeto existe desde o inicio da vida, sendo o seio da mãe o primeiro objeto, em que a criança fica dividida entre o seio bom (gratificador ou amor) e um seio mau (frustrador ou ódio). A relação com objeto implica em sua introjeção e projeção, assim como a construção do ego e superego, e o aparecimento do complexo Édipo. Os medos persecutórios dos impulsos sádico-orais do bebê são de grande importância para o desenvolvimento da paranoia e da esquizofrenia. Esse período inicial (“posição paranóide”) precede a posição depressiva, que ficará impedida. O fracasso pode levar um reforço regressivo dos medos persecutórios, e fortalecer os pontos de fixação para as psicoses graves (esquizofrenias). Na primeira parte destaca sobre Fairbaim, o qual examinou artigo que trata do tema deste trabalho. Fairbaim investigou o desenvolvimento do ego em relação aos objetos, já Melanie Klein (1946/1991) a partir das ansiedades e suas vicissitudes. Fairbaim denomina a fase mais antiga, como “posição esquizoide”, em que trata do medo persecutório como os mecanismos esquizoides. Entretanto Fairbaim enfatiza de forma particular a relação inerente entre a histeria e a esquizofrenia. A Melanie Klein (1946/1991) discorda com Fairbaim, porque o seio bom introjetado constitui uma parte vital do ego e exerce desde o inicio uma influencia fundamental no processo de desenvolvimento do ego.
E em seguida sobre os problemas do ego arcaico, a Melanie Klein (1946/1991) destaca que a falta da coesão ao ego arcaico e uma tendência a integração que se altera com uma tendência a desintegração, a um despedaçamento. A necessidade vital de lidar com ansiedade força o ego arcaico a desenvolver mecanismos e defesas fundamentais. O resultado da cisão do próprio ego é uma dispersão do impulso destrutivo sentido com fonte de perigo. Na sequencia a Melanie Klein (1946/1991) pontua sobre os processos de cisão em relação ao objeto, em que o impulso destrutivo projeto para fora é inicialmente vivenciado como agressão oral. Os impulsos sádico-orais dirigidos ao seio da mão sejam ativos desde o inicio da vida. Os estados de frustração e ansiedade, os desejos sádico-orais e canibalescos são reforçados, e então o bebe sente ter tomado dentro de si o mamilo e o seio em pedaços. Portanto, além da separação entre um seio bom (seio gratificador) e um seio mau, (o seio frustrador – atacado em fantasias sádico-orias, é sentido como fragmentado) na frustração do bebe. Quando mais o sadismo prevalece no processo de incorporação do objeto e quanto mais o objeto é sentido como estando em pedaços, mais o ego corre perigo de cindir-se em correspondência aos fragmentos do objeto internalizado.
Na sequencia a Melanie Klein (1946/1991) argumenta sobre a cisão em conexão com a projeção e a introjeção, para tanto a Melanie Klein (1946/1991) parte da visão de Freud, sobre os dois termos. Segundo Freud, a projeção origina-se da deflexão da pulsão de morte para fora, e ajuda o ego a superar a ansiedade livrando-o perigo e de cosias más. A introjeção do objeto bom é também usada pelo ego como uma defesa contra a ansiedade. Na gratificação alucinatória ocorrem dois processos internalizados: a invocação aniquilação do objeto e da situação ideias e a igualmente onipotente aniquilação do objeto mau persecutório e da situação de dor. Esses processos se baseiam na cisão tanto do objeto como do ego. Muito do ódio contra partes do self é agora dirigido contra a mãe. Identificação projetiva – a projeção é derivada do impulso do bebe de danificar ou controlar a mãe, ele a sente como um perseguido. A projeção de sentimentos bons e de parte boas do self para dentro mãe é essencial para habilitar o bebe a desenvolver boa relação de objeto e para integra o seu ego. Em pacientes adultos, estados de despersonalização e de dissociação esquizofrênica parecem ser uma regressão a esses estados infantis de desintegração. Outro aspecto dos processos projetivo, como consequência a introjeção pode então ser sentido como irrupção violenta do exterior no interior.  Isso pode levar ao que não apena o corpo, mas também a mente seja controlada pro outros de uma forma hostil. Sobre as relações de objeto esquizoides, a Melanie Klein (1946/1991) destaca que as características da relação de objeto esquizoide é uma artificialidade e falta de espontaneidade acentuada. Paralelamente a isso, ocorre uma perturbação grave do sentimento do self, já a projeção de parte excedidas do self para dentro de outra pessoa influencia essencialmente as relações de objeto, a vida emocional e personalidade como um todo. E sobre a posição depressiva em relação à posição esquizo-paranóide é destacado sobre o desenvolvimento durante a posição esquizo-paranóide não progrediu normalmente e o bebe não pode, por motivos internos ou externos fazer face ao impacto das ansiedades depressivas, cria-se um circulo vicioso. O medo persecutório e os corespondentes mecanismos esquizoides são muito fortes, o ego não é capaz de elaborar a posição depressiva. Isso força o ego a regredir para a posição esquizo-paranóide e reforça os medos persecutórios e os fenômenos esquizoides.
E ao fim a Melanie Klein (1946/1991) destaca sobre a conexão entre fenômenos esquizoides e maníaco-depressivos, em que no desenvolvimento anormal essa interação influencia o quadro clínico de algumas formas tanto de esquizofrenia, quanto de distúrbios maníaco-depressivos. Os grupos de distúrbios esquizofrênicos e maníacos-depressivas estão mais intimamente relacionados entre sim, em termos de desenvolvimento. Já na sequencia sobre algumas defesas esquizoides a Melanie Klein (1946/1991) pontua sobre os processos de cisão os responsáveis pelo fracasso do paciente em entrar em contato com o analista e pela sua falta de resposta as interpretações. A excisão e a destruição violentas de uma parte da personalidade, sob a pressão de ansiedade e culpa, são um mecanismo esquizoide importante, sob a pressão de ansiedade e culpa, é um mecanismo esquizoide importante. E ao fim argumenta sobre a ansiedade latente em pacientes esquizoides, o qual é apenas aparente. Os mecanismos esquizoides implicam uma dispersão das emoções, inclusive da ansiedade, mas esses elementos dispersos ainda existem no paciente. O sentimento de estar desintegrado, de ser incapaz de vivenciar emoções, de perder seus objetos, é na realidade o equivalente da ansiedade.

3.      Conclusão:
Como conclusão a Melanie Klein (1946/1991) destaca que algumas das relações de objeto perturbadas que são encontradas em personalidades esquizoides: a cisão violenta do self e a projeção excessiva tem por efeito fazer que a pessoa em relação a qual esse processo é dirigido seja sentida como um perseguidor. Uma vez que a parte destrutiva e odiada do self que é excindida e projetada é sentida como um perigo para o objeto amado, portanto da origem a culpa, esse processo de projeção. Ansiedade é predominantemente vivenciada como um medo de perseguição, e que isso contribui para certos mecanismos e defesas que são de importância na posição esquizo-paranóide. Entre essas defesas destacam-se os mecanismo de visão dos objetos internos e externos, das emoções, e do ego.

4.      Crítica:
Um possível comentário sobre o conteúdo do texto, mediante a qual podem ser esboçadas críticas internas ao texto, assinalando suas virtudes em que a Melanie Klein (1946/1991) insere uma nova conclusão sobre os assuntos que Freud postulou, assim como acrescentou novas discussões sobre a temática em que foi abordado, num horizonte a discussão foi pertinente, o qual trouxe contribuições para a Teoria Psicanalítica, em que também não podemos de deixar de considerar que a estrutura e argumentação do texto e das ideias, foi totalmente clara, gerando nos leitores um aprofundamento maior do assunto, e uma nova compreensão da temática que a Melanie Klein (1946/1991) propõe destacar ao inicio do texto.

Fonte: Klein, M. (1991). Notas sobre alguns mecanismos esquizoides. Em Inveja e gratidão e outros trabalhos (pp. 17-43). Rio de Janeiro, Imago (Trabalho original publicado em 1946).







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2 comentários:

  1. Venho fazer uma correção ao seu texto se me permite :" Entre essas defesas destacam-se os mecanismo de visão dos objetos internos e externos, das emoções, e do ego." vc escreve isso na sua conclusão ..., onde colocou VISÃO o correto é CISÃO !

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  2. uma correção é pouco...duro ler este resumo hein!!!

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