Ivan Petrovich Pavlov, um
fisiologista russo, depois de observar os reflexos inatos em sujeitos (cães)
que aprenderam um novo reflexo, chegou à conclusão do Condicionamento
Pavloviano, que trata da aprendizagem de um novo reflexo, que ocorre de um
estimulo neutro que não elicia resposta, deve ser emparelhado com um estimulo
condicionado e incondicionado para gerar uma resposta incondicionada, após o
emparelhamento sistemático, aprende-se um novo reflexo, em que um estimulo
condicionado gera um resposta incondicionada. J.B Watson empreendeu
atividades com estratégias de pesquisa empírica, especialmente em laboratório
para construir os principio da ciência comportamental. Watson para verificar o
Condicionamento Pavloviano aplicou trabalhos sobre medo em crianças, por
exemplo, o famoso caso do “pequeno Albert”.
O propositor do Behaviorismo Radical foi Burrhus F.
Skinner, que desenvolveu o Comportamento Operante, que trata a aprendizagem
humana, sendo que as bases deste já foram aplicadas pelo psicólogo americano
Eduard Lee Thorndike. Dentre muitas investigações Thorndike realizou um famoso experimento
sobre feedback, o qual se assemelha
com o experimento que será apresentado neste relatório. Thordike vendou os
olhos dos participantes e solicitou-lhes para traçar uma linha de 7,5
centímetros, sendo que no primeiro grupo não comunicou nada, mas foi obsevado
pouca ou nenhuma melhora. Já no segundo grupo com uma variação de 0,125
centímetros, era comunicado se o participante acertou ou errou e no ultimo
grupo foi comunicado o comprimento da linha.
Analise Experimental do Comportamento (AEC)
tem por objetivo conduzir a produção e validação de dados empíricos em uma
ciência do comportamento, que estuda o comportamento humano, aplicado na
relação entre estimulo, resposta e consequência. A
proposta do Behaviorismo (base da Analise do Comportamento) é substituir o
estudo da mente pelo comportamento, assim tendo um objeto de estudo que poderia
ser considerado cientifico, pois é mais objetivo, palpável e manipulável.
(LOPES, 2010)
Para entender melhor a análise do comportamento, e
principalmente, o experimento realizado, alguns termos utilizados são de
fundamental importância; entre eles:
O comportamento, é uma relação de interação que há entre
o organismo e o ambiente à sua volta, sendo que os padrões de conduta são
selecionados naturalmente através de seu valor adaptativo. Consequência, nada mais é que um evento ocorrido após
certa resposta e o controle exercido pela mesma. A noção de consequência ocorre
quando uma resposta emitida pelo organismo produz uma alteração no ambiente. O
reforço é um tipo de consequência que aumenta a probabilidade de um determinado
comportamento voltar a ocorrer. (MOREIRA, MEDEIROS; 2007)
Reforçamento é a relação entre as consequências
apresentadas a certo comportamento e o aumento da sua frequência. Existem
alguns tipos de reforçamento, entre eles, o positivo e o negativo. O
reforçamento positivo é quando há um aumento da frequência de uma resposta
devido a um estímulo reforçador; já o reforçamento negativo, é quando há um
aumento da frequência de uma resposta que ocorre devido à retirada de um
estímulo aversivo. (TEIXEIRA JUNIOR, SOUZA;
2006)
Modelagem é um processo de reforços diferenciais para
aproximação de um comportamento alvo, sendo o resultado a aquisição desse
comportamento. Esse reforço diferencial acontece quando é reforçado um
comportamento (que respeita um critério) e não reforçado outros similares (para
que sejam extintos). Exigir comportamentos mais próximos do esperado até que
seja ensinado esse novo comportamento, esse é o principio. O reforço deve ser
imediato, pois quanto mais imediato mais eficaz será a modelagem. Um exemplo de
modelagem é a fala. Um bebê, por exemplo, quando diz “mã” é reforçado pela mãe,
porém com o passar do tempo ela não vai mais reforçar esse comportamento. O
bebê então vai variar a resposta e possivelmente ira dizer “mãmã” e a mãe vai
reforçar com carinho e atenção novamente, assim acontecerá até que o bebê diga
a palavra corretamente. (MOREIRA, MEDEIROS; 2007)
Um experimento ocorre quando um ambiente é manipulado, de
modo que efeito gere manipulação no comportamento de um participante ou
sujeito. O experimento tem como duas características essências as variáveis
independente e dependente. A variável dependente (VD) é a medida da resposta no
experimento. A variável independente (VI) é a manipulação do ambiente. A
variação de controle (VC) é uma variável mantida constante no experimento.
(KANTOWITZ, ROEDIGER III, ELMES; 2006)
Segundo Kantowitz (2006) o objetivo do delineamento é de
reduzir os efeitos de variáveis externas, para produzir resultados válidos.
Portanto é necessário que o experimentador escolha participantes para os vários
níveis das variáveis independentes. O delineamento de grupo trata-se de alguns
participantes que são submetidos á diferentes níveis da variável independentes.
O sujeito único trata-se dos participantes submetidos a todas as condições ou
níveis.
Os efeitos do feedback é um processo de
ajuda para mudança de comportamento. O feedback
é importante nas relações interpessoais, porque é através dele que podemos
informar sobre a forma que certo individuo ou grupo está afetando as pessoas. O
termo feedback é muito usado no
contexto organizacional, porque está ferramenta é utilizada como forma de
comunicação, alerta, motivação e até como diretriz para apontar os alvos e
estratégias da empresa. O feedback é importante porque traz um retorno da
informação, portanto modelando o comportamento do indivíduo sobre determinada
atitude.
Sobre o efeito do feedback
no processo médico de aprendizagem, nesta perspectiva, o feedback se baseia em
passagem (oral ou escrita) de informação, por parte do professor para o aluno,
sobre seu comportamento e uma discussão sobre o que foi passado, além de
sugestões para um novo comportamento. A importância do feedback, vai além da aprendizagem uma vez que contribui para uma auto
avaliação, além de contribuir com a motivação de quem é analisado, e encaminha
para comportamentos que serão mais bem vistos. No artigo usado como base, o
objetivo dos autores era de chamar a atenção de educadores médicos para a
eficácia do uso do feedback, que,
além de ser dado de professor para aluno, pode ser de aluno para aluno, como
forma de contribuição para ambos. Para que seja eficaz, segundo as autoras, o feedback deve seguir pelo menos cinco
tópicos, primeiramente, tem que ser Assertivo, ou seja, a comunicação entre
quem dá o feedback e quem recebe, tem que ser clara e objetiva. Um segundo
passo, é o Respeito, tendo de ser oferecido pelas duas partes. Outra
característica é que deve ser Descritivo, as autoras se referem a um não
julgamento de um comportamento, e sim sua descrição. A quarta etapa seria a
Oportunidade, momento e local próprio, e por fim, ser Específico, indicando de
forma clara ações que não devem ser mudadas, e ações que devem. O procedimento
do feedback tem enorme eficácia no processo de educação médica, uma vez que
contribui no desenvolvimento do profissional. O exemplo dado no decorrer do
artigo é de que, é solicitado a um aluno A, que analise o vídeo de uma consulta
feito por outro, aluno B, e era passado a este, um feedback por escrito, feito pelo observador, como forma de reforço,
contendo informações sobre o que deve ser mudado e o que não deve. Em seguida,
era solicitado uma auto avaliação do aluno A, que seria, em outro instante,
comparada com o feedback feito por um
terceiro aluno, e por um tutor, os quais o avaliaria da mesma forma (vídeo).
Tal procedimento teria o acompanhamento de um docente. A atividade serviria de
base para analisar a o feedback feito,
além de comentários e correções de comportamentos. O exemplo citado seria de
eficácia para os alunos, pois exercita a capacidade de observar, ouvir e de se
expressar bem. Segundo o artigo, oferecer e receber feedback teria sua importância na educação médica, pois faz com que
o profissional tenha uma melhor capacidade reflexiva, conclusiva assim como
raciocínios e decisões. Outra característica que contribui com a eficácia desse
procedimento, é a imediaticidade do reforço. Faz-se relação deste estudo com o
nosso experimento, pois os dois tratam da eficácia do feedback sobre um dado comportamento.
Fonte:
ALEXANDRE, A. L. A importância do feedback. Disponível em: http://www.rh.com.br/Portal/Desempenho/Artigo/7257/a-importancia-do-feedback-.html.
Acesso em 06 de nov. 2012.
BUENO, H. A importância do feedback nas
relações interpessoais. Disponível em: http://www.hamiltonbueno.com.br/artigos/lideranca_04.shtml.
Acesso em 06 de nov. 2012.
KANTOWITZ, B.H; ROEDIGER III, H. L; ELMES, D. G. Psicologia Experimental: Psicologia
para compreender a pesquisa em psicologia. São Paulo: Thomson, 2006. 622 p.
NETO, M. B. de C. Analise do Comportamento: behaviorismo
radical, análise experimental do comportamento e análise aplicada do
comportamento. Interação em Psicologia,
Pará, v. 6, n.1, p. 13-18, 2002.
MOREIRA, M. B; MEDEIROS, C. A. de. Princípios básicos de analise do comportamento. Porto Alegre:
Artmed, 2007. 224 p.
TEIXEIRA JUNIOR, R. R.; SOUZA, M. A. O. Vocabulário de Análise do Comportamento:
um manual de consulta para termos usados na área. São Paulo: ESETec, 2006. 104
p.
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