A- Loucura
como tema imaginário
Fim da Idade Média, com o desaparecimento da
lepra ocorre a pratica de excluir para curar. Para Renascença, a Loucura é algo
que se circula, em que o louco é dado à imaginação como ser de passagem. A
loucura é distinguida pela obsessão imaginária, invasão próxima, perigo
iminente. Renascença faz uma experiência
cósmica da loucura. Nesse momento a loucura fica colocada num debate contínuo
com a razão. Exemplo Descartes, que ao chega a razão, exclui a possibilidade da
loucura.
B- A
loucura confinada
No decreto de fundação do Hospital geral de
1656, é possível ver a estrutura mais visível da loucura. O século XVII inventa
o espaço de internamento, que acontece sob o poder das autoridades públicas. A
exigência de internação destaca a mudança de pobreza, como sagrado para
problema de assistência pública. O internamento era espaço, em que o trabalho
esperava efeitos na moral dos internos.
Nesse momento, a população recolhida é designada pela coerência unitária
do mundo da desrazão, que significa a desordem do comportamento, inadaptação a
sociedade. As grandes transgressões ao sagrado eram castigas, e colocados como
atentados a ordem moral, quem síntese da loucura, a psicopatologia, coloca
verdades naturais, entre paredes de internação. O tratamento social da loucura,
não deriva de nenhuma preocupação médica, apenas destaca que o louco é uma
apreensão essencialmente moral e social, ou seja, fator de desordem. O
encerramento do louco não é uma internação terapêutica, entre outras palavras
existiam estruturas médicas de confinamento, como Hospital Geral. A avaliação
da loucura, deriva da autoridade que é dada apenas ao médico, a medida que a
identificação ocorre se a pessoa está ou não nas normas morais.
C- A
loucura como delírio
O internamento de massa era identificado pela
consciência moral e de atribuição de culpa. Na idade clássica encerra o louco,
e estuda a natureza da loucura, sem que as duas experiências se comuniquem
diretamente. Medicina Clássica explica a loucura, pela causas de alterações
cerebrais, já os motivos “distantes” são inúmeros. Na idade clássica, a loucura
se encontra engendrada no estado de paroxismos do delírio. Renascença a
experiência da loucura era de outros mundos (cósmica), na Idade Clássica a
loucura é o nada do ser (ontológica), ou seja, uma ausência manifestada.
D- A
loucura no asilo
Descrição
do século 18 até o século 19, como passagem para a experiência antropológica da
loucura, em que não vê a loucura como ausência de ser, mas alteração das
faculdades humanas. É partir do século XVIII momento o maior contato do médico
nos internamento. Identificar o louco como doente, é gerar o medo de uma
epidemia. O contato da loucura com a medicina, ganha espaço, não mais como
perigo de outro mundo, mas como liberação de instintos ou confusão. No século XVII o louco era vista, a marca de
uma animalidade culpada. Já no século XVIII coloca a loucura, gerada pela
consequencia da história que exila o homem de sua verdade imediata. Por isso,
que é no século XVIII, uma abertura maior de confinamento. O isolamento tem
valor político, em que são vitimas da ordem monárquica tirana. Com a Revolução Francesa, suprime todas as
medidas de confinamento arbitrário, como símbolo de despotismo ultrapassado.
Recomposição de uma nova estrutura, para progressiva medicalização no
internamento, com olhar cientifica, nova síntese da loucura e o crime. Estudos
médicos e políticos dos anos 1790, indicam que a psiquiatria pela Revolução não
liberou a loucura, porque antes era na prisão, agora é no confinamento. Toda a
história da loucura, a partir do século XX, é compreendia como preparação, como
dispositivo de captura, a medida que toda identidade é médica, em que permanece
internada, o que muda é o sentido de internamento, sendo que antes era para
corrigir, agora é para cuidar.
E- Nascimento
da Psicologia
O
nascimento da Psicologia, se inscreve na narrativa da experiência moderna da
loucura (antropológica). Não é mais uma dimensão cósmica (Renascença), nem um
vazio ou desrazão (Idade Clássica), mas reveladora de verdades humanas. A relação
histórica da loucura, permitui ao homem comprender- como objeto cientifico.
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