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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

História da Loucura - Foucault


A-   Loucura como tema imaginário
Fim da Idade Média, com o desaparecimento da lepra ocorre a pratica de excluir para curar. Para Renascença, a Loucura é algo que se circula, em que o louco é dado à imaginação como ser de passagem. A loucura é distinguida pela obsessão imaginária, invasão próxima, perigo iminente.  Renascença faz uma experiência cósmica da loucura. Nesse momento a loucura fica colocada num debate contínuo com a razão. Exemplo Descartes, que ao chega a razão, exclui a possibilidade da loucura.

B-   A loucura confinada
No decreto de fundação do Hospital geral de 1656, é possível ver a estrutura mais visível da loucura. O século XVII inventa o espaço de internamento, que acontece sob o poder das autoridades públicas. A exigência de internação destaca a mudança de pobreza, como sagrado para problema de assistência pública. O internamento era espaço, em que o trabalho esperava efeitos na moral dos internos.  Nesse momento, a população recolhida é designada pela coerência unitária do mundo da desrazão, que significa a desordem do comportamento, inadaptação a sociedade. As grandes transgressões ao sagrado eram castigas, e colocados como atentados a ordem moral, quem síntese da loucura, a psicopatologia, coloca verdades naturais, entre paredes de internação. O tratamento social da loucura, não deriva de nenhuma preocupação médica, apenas destaca que o louco é uma apreensão essencialmente moral e social, ou seja, fator de desordem. O encerramento do louco não é uma internação terapêutica, entre outras palavras existiam estruturas médicas de confinamento, como Hospital Geral. A avaliação da loucura, deriva da autoridade que é dada apenas ao médico, a medida que a identificação ocorre se a pessoa está ou não nas normas morais.
C-   A loucura como delírio
O internamento de massa era identificado pela consciência moral e de atribuição de culpa. Na idade clássica encerra o louco, e estuda a natureza da loucura, sem que as duas experiências se comuniquem diretamente. Medicina Clássica explica a loucura, pela causas de alterações cerebrais, já os motivos “distantes” são inúmeros. Na idade clássica, a loucura se encontra engendrada no estado de paroxismos do delírio. Renascença a experiência da loucura era de outros mundos (cósmica), na Idade Clássica a loucura é o nada do ser (ontológica), ou seja, uma ausência manifestada.
D-   A loucura no asilo
Descrição do século 18 até o século 19, como passagem para a experiência antropológica da loucura, em que não vê a loucura como ausência de ser, mas alteração das faculdades humanas. É partir do século XVIII momento o maior contato do médico nos internamento. Identificar o louco como doente, é gerar o medo de uma epidemia. O contato da loucura com a medicina, ganha espaço, não mais como perigo de outro mundo, mas como liberação de instintos ou confusão.  No século XVII o louco era vista, a marca de uma animalidade culpada. Já no século XVIII coloca a loucura, gerada pela consequencia da história que exila o homem de sua verdade imediata. Por isso, que é no século XVIII, uma abertura maior de confinamento. O isolamento tem valor político, em que são vitimas da ordem monárquica tirana.  Com a Revolução Francesa, suprime todas as medidas de confinamento arbitrário, como símbolo de despotismo ultrapassado. Recomposição de uma nova estrutura, para progressiva medicalização no internamento, com olhar cientifica, nova síntese da loucura e o crime. Estudos médicos e políticos dos anos 1790, indicam que a psiquiatria pela Revolução não liberou a loucura, porque antes era na prisão, agora é no confinamento. Toda a história da loucura, a partir do século XX, é compreendia como preparação, como dispositivo de captura, a medida que toda identidade é médica, em que permanece internada, o que muda é o sentido de internamento, sendo que antes era para corrigir, agora é para cuidar.
E-   Nascimento da Psicologia

O nascimento da Psicologia, se inscreve na narrativa da experiência moderna da loucura (antropológica). Não é mais uma dimensão cósmica (Renascença), nem um vazio ou desrazão (Idade Clássica), mas reveladora de verdades humanas. A relação histórica da loucura, permitui ao homem comprender- como objeto cientifico. 

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